Fernando Pacheco Jordão (São Paulo, 1937 – São Paulo, 2017): Iniciou no jornalismo em 1957: foi redator e locutor de rádio-jornal, na Organização Victor Costa, que abrangia as rádios Nacional, Excelsior e Cultura, e depois na rádio Difusora. Acumulou tal trabalho por dois anos com o de copidesque no Estadão, onde atuou ao lado de Vladimir Herzog. Foi editor e apresentador do Show de Notícias, telejornal diário que inovou o jornalismo de televisão na Excelsior.

Em 1964, foi contratado pelo Serviço Brasileiro da BBC, onde voltou a trabalhar com Vlado, estreitando-se a amizade entre suas famílias. Fez um curso de produção de televisão em Londres e, ao retornar ao Brasil em 1968, foi convidado a atuar na TV Cultura, onde produziu programas didáticos, documentários e dirigiu um teleteatro. Fernando Pacheco Jordão criou o jornalismo na TV Cultura, com o programa diário Hora da Notícia, numa época de forte censura; demitiram-no em 1974, como subversivo. Ele foi para a TV Globo, onde editou o Jornal Nacional em São Paulo e se tornou diretor do Globo Repórter.

Dirigente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo na época do assassinato de Vladimir Herzog, Fernando publicou em 1979 o livro Dossiê Herzog: prisão, tortura e morte no Brasil, já na sexta edição. Permaneceu na TV Globo até esse ano, quando foi demitido depois de uma greve de jornalistas. Foi correspondente da IstoÉ em Londres e da Editora Abril em Paris.

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