Maurice Carlos Capovilla (1936, Valinhos, São Paulo): Cineasta, roteirista, produtor, diretor de documentários, de filmes e de programas de televisão, professor, jornalista. No fim dos anos 1950, frequentou a filmoteca do Museu de Arte Moderna (MAM), ao lado de Jean-Claude Bernardet e Gustavo Dahl. Como Vlado, formou-se em filosofia na Universidade de São Paulo (1961) e, ainda estudante, trabalhou como repórter de O Estado de S. Paulo e no departamento de difusão de filmes da Cinemateca Brasileira.

Em 1962, dirigiu o documentário União, produzido pelo Centro Popular de Cultura e pelo Sindicato da Construção Civil de São Paulo. No ano seguinte, junto com Vlado, fez um estágio com o documentarista Fernando Birri no Instituto de Cinematografia da Universidade do Litoral, em Santa Fé, Argentina. Realizou seu segundo filme, Meninos do Tietê, e trabalhou como repórter em Última Hora. Em 1964, dirigiu o terceiro documentário, Subterrâneos do futebol, produzido por Thomaz Farkas. Foi editor e crítico cinematográfico no Jornal da Tarde (1965-1967). Participou da organização do departamento de cinema do Instituto Central de Artes da UnB e se tornou professor da Escola de Comunicações e Artes da USP.

Em 1967, dirigiu seu primeiro longa-metragem, Bebel, garota propaganda, baseado em um conto de Ignácio de Loyola Brandão. Seguiram-se três produções ficcionais: O profeta da fome (1969), As noites de Iemanjá (1971) e O jogo da vida (1977), adaptação do conto “Malagueta, Perus e Bacanaço”, de João Antônio. Também na década de 1970, integrou a equipe de diretores do programa Globo Repórter. Em 2003, realizou o longa-metragem Harmada, adaptação do romance de João Gilberto Noll.

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